A cada instante que passa,
nada,
retorna ao nada,
me vejo fascinada
ou não sei ao certo
...atordoada...
A cada segundo dos segundos,
uma história de histórias mal contadas,
segundas intenções mal intencionadas
ou não sei ao certo
...atordoadas...
A cada dia dos dias finitos,
o pensamento de que são infindos,
os maus momentos e a dor insólita
marcados pelas escolhas erradas
ou não sei ao certo
...atordoadas...
A cada folha que deita ao chão,
a esperança ou certo exaspero senão,
pois malditos os que me forçam a crer
que as folhas caem e então param de ser
e não tiveram mínima chance,
de saber se viveram ou não o bastante
ou se "não sei ao certo",
"atordoaram-se" pelo caminho...
A cada aniversário passado,
eu versaria todo o contrário daquilo que
o versátil imutável dicionário
e o atordoado relógio em sentido horário
me fazem esperar...
Mas me fizeram o que sou hoje,
atordoada,
sem esperança,
e tempo para me prolongar!
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